Estava um dia nublado, frio e com cheiro de poesia no ar aqueles típicos de outono que dão uma vontade estupenda de ficar lendo com a companhia de bebidas que nos faça ir para uma atmosfera totalmente nova. E toda vez que Ana tinha a oportunidade de a presenciar dias como esse não perdia tempo e ia logo melhorando o seu humor e fazendo planos, na verdade era o dia em que Ana encontrava para relembrar os sonhos, desejos e amores e quem sabe encontrar outros, mas naquele dia por ironia e hipocrisia do destino ela não queria nem saber de ver o dia que tanto gostava de admirar por estar com uma dor. Não era uma dor qualquer dessas que melhoram com remédios era a dor de perder uma pessoa, pessoa essa que nos últimos dias era a sua unica distração, era a unica que ocupava os seus pensamentos e que fazia da sua presença a diversão preferida.
Ana estava com dificuldade de aceitar o que tava acontecendo, por se sentir culpada, também se sentia vazia e com medo de saber quais seriam as mudanças que isso lhe causaria, das poucas vezes que tentou ousar em pensar como poderia ser a sua vida a partir dali, temeu de não gostar mais do clima tipico de outono, e das musicas altas e alegres, e de não poder mais sentir a brisa do verão.
Ana decidiu que a melhor opção era digerir tudo as poucos, pois apesar de estar com dor ainda queria gostava do cheiro dos dias típicos de outono.
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